quinta-feira, 9 de junho de 2016

PRIMEIRAS IMPRESSÕES: DE OLHOS FECHADOS

Ficha técnica

Autora: Tatiane Tálita
Editora: Arwen
Ano: 2016 – SP
Gênero: literatura brasileira, romance.

Uma história que começa com o luto e depois imaginamos que após a perda de parente próximo a pessoa reavalia sua vida e tenta corrigir alguns aspectos para ir á busca da realização e da felicidade.
Mas Manuela fez escolhas pela aparência e não pela essência, o que fez com que ela cometesse um erro que a levou a muitos outros erros tão comuns na nossa sociedade atual e tão difícil de saber distinguir quem pode nos levar a errar uma vez e sequencialmente varias outras como Manuela.
Creio que o título do livro, é bem apropriado porque Enzo com sua forma de agir acaba seduzindo quem lhe cerca, de forma que a palavra não, não é dita a ele, o que se faz essencial para o crescimento de uma pessoa, ninguém pode tudo o tempo todo.
O comportamento de Enzo é como se o mundo existisse apenas porque ele é generoso, e não percebe que sua forma egoísta e ambiciosa de ser magoa a todos que se relacionam com ele, seja na esfera afetiva ou na esfera profissional.
Manuela já demonstra ser uma mulher que sua inocência de criança e seus sonhos muitas vezes a dominam, além de serem totalmente transparente aos olhos alheios, o que a deixa vulnerável, e não é vista como uma pessoa adulta, por não agir como uma pessoa adulta. Sonhos são importantes eles só não devem fazer do sonhador uma pessoa inconsequente.
Este livro nos traz muito a ser levado para nossa realidade como aprendizado, erros que podemos evitar, por mais envolvidos e empolgados que estejamos com o afeto do outro. Mas preservar-se e não deixar-se emocionalmente despido é uma forma de proteção.
A família de Enzo também é tanto vítima como Manuela da falta de escrúpulos e caráter deste que com a fala meiga e pequenos gestos age como um lobo que se cobre com pele de cordeiro para se tornar manso e puder se aproximar das ovelhas para que assim pudesse saciar sua sede e fome, já Enzo precisa alimentar seu ego, que não cabe dentro dele.
Viver em sociedade é uma arte, não é somente dividir o que temos é também não agir de forma consciente possa danificar o eu dos que lhe cercam... Porém para saber como ficará a vida de Manuela, Enzo e seus familiares, tenho certeza ainda tem muito a nos surpreender... Agora é com vocês!






Um comentário:

  1. Nossa Mel, estou de boca aberta. Você conseguiu captar muita verdade que coloquei entre as linhas da estória. Fiquei muito feliz. E, espere por se surpreender no final do livro. Parabéns. Adorei.

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