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RESENHA: Enigmas de SHALKAS – A saga dos escolhidos

Ficha técnica

Autor: André C. S. dos Santos

Editora: Arwen – 2015

Edição: segunda  - SP

Gênero: literatura brasileira – romance

ISBN: 978-85-68255-16-2

 

Começo está resenha dizendo que passei dias de profunda ansiedade e ainda possuo ressentimento emocional para com o autor, como conseguir dormir antes de finalizar a leitura da obra como um todo? Somente quando Morpheus vinha me buscar, e olha que ele demorava, enquanto isso minha mente não parava de tentar encontrar solução para os dilemas de Wood e Noah e seus parceiros de aventura.

Vou partilhar meus dilemas com vocês: temos um garoto que é abandonado pelo pai, para o próprio bem (Noah) e fica sobre os cuidados do avô. Até que recebe uma carta e começa, a saber, da história do pai (Wood), porém está história relatada tem muitas lacunas.

Quem relata as histórias da origem do pai de Noah é seu avô, que prometerá ao filho que assim faria, mas durante estes relatos acabam ficando vazios. As lacunas que deixam Noah inquieto, também me deixam como bife fritando na cama, porque não via a hora de terminar de ler para saber o que aconteceu? Porque aconteceu desta forma? Quem não tem curiosidade de saber suas origens, e assim definir sua identidade?

Como este avô surge na história? Se Wood também foi criado por mãe de criação para sua proteção? Como deve ter sido difícil para o s.r. Arthur ajudar cuidar de Wood sem manter muita intimidade, sendo que a tinha. Como ensinar coisas se suma importância sem alarmar o jovem Wood?

Depois que a mãe de criação de Wood fora ferida todo cenário muda... E posteriormente todos que passam na vida de Wood ou são levemente lesados ou algo acontece para marcar sua passagem.

O curioso é que Wood não segue as instruções que todos lhe dão, seja cauteloso. Mas a bondade de seu coração faz com que tudo facilmente seja solucionado.

Noah não descobre ainda sua ligação com a história de Wood apenas sabe que ele é seu pai,... Sei já não possuo unhas... Mas temos que entender existe muitas temáticas que são abordadas... Por isso precisamos que haja continuidade...

A questão social de poder, e até onde o amor é capaz de fazer com que o outro se sacrifique pelo um terceiro ser. Aborto, ser a favor ou contra? São questionamentos indiretos que o livro nos faz refletir.

Porém ainda estou ressentida... Comi muito chocolate para dar conta da minha ansiedade caso engorde o autor se faz responsável para solucionar os dilemas que ele apresentou de Wood e Noah assim como da minha perda de peso.

Fica implícito que Noah também tem uma missão a cumprir. Após esta missão sendo realizada pai e filho se encontrará... É o que fica implícito... Pode ser que sim como pode ser que não.

Então teremos que entender porque toda está história, teve que surgir na vida pacata de Noah?

Ao autor, o livro é muito bom, porém como não soube o que muito dos leitores desejaram saber não resisti em fazer a resenha de forma bem humorada e divertida. Porque ler este livro foi divertido de mais... O Wood me parece meio atrapalhado assim como eu muitas vezes. Perdoe-me!

RESENHA: Compaixão

Ficha técnica

Autora: Toni Morrison – prêmio Nobel

Tradução: José Rubens Siqueira

Ano: 2009 - SP

Editora: companhia das letras

Gênero: ficção norte – americana

ISBN: 978-85-359-1506-8

Este livro fala sobre a questão da escravidão vivida nos estados unidos da América, a questão do negro e o quanto eles ainda sofrem preconceito decorrente do final da escravidão e inicio do capitalismo.

São cinco personagens que cada capítulo uma destas personagens faz relato sobre sua experiência. Ou seja, é a visão de cinco mulheres sobre uma mesma situação e como cada uma vivencia seus dilemas e tentam solucionar o momento vivido, procurando solucionar os dilemas que já possuem e tentando não favorecer a existência de outros.

É uma história que não é descrita de forma linear, e o tempo também é atemporal, pois apesar de ser um livro razoavelmente curto é um livro com uma linguagem que se modifica de acordo com qual personagem narra o capitulo.

O fechamento do enredo do livro acontece no ultimo capitulo o que prende o leitor mesmo sendo uma leitura densa e complexa com um contexto histórico bem detalhado É um livro muito interessante, mas é um livro que precisa de muita atenção e dedicação do leitor.

RESENHA: Mar inquieto

Ficha técnica

Autor: Yukio Mishima

Ano: 2002 – SP

Editora: companhia das letras

Gênero: romance – literatura japonesa.

ISBN: 978-85-359-0289-1

A mais bela história de amor e de respeito ao outro             que eu já li. É um “Romeu e Julieta” com um final surpreendente. E que fez minha resistência para com o autor cair de joelho, pois só um coração muito sensível e amável tem condições de descrever uma história da forma como ela se apresenta.

Encantador tendo um modelo de sociedade tradicional onde regras não podem ser questionadas mesmo que não esteja correto, vermos o pai de a protagonista corrigir um erro que cometera no início da trama e que admitindo que estando errado num modelo de sociedade machista e que mulheres não são cidadãs que possuem voz ativa. Nem na sociedade, muito menos dentro do seio familiar.

Onde poderia imaginar que haveria um personagem que eu tanto detestei, e que depois queria cobri ló de beijos por sua atitude meiga e coerente, indo remediar um erro que cometerá há muito tempo... O que demostrará o quanto esse pai ama essa filha e a respeita, mesmo muitas vezes não sabendo demonstrar tanto o respeito como o afeto sentido.

Assim como eu vejo que ao se falar de literatura japonesa existe certo receio, por conta dos ritos e tradições desconhecidas por nos do Ocidente. O que se agrava ao ler e ou pesquisar sobre o autor, que chegará cometer o suicídio sendo muito novo.

Mas tenho certeza que assim como eu quem ousar arriscar ficará encantado, pois tem um enredo que nos deixa surpreso e boquiaberto, chegando a ficar dias refletindo sobre o fim, é uma leitura que nos envolve de tal forma que não dá pra abandonar sem finalizar... E se as obrigações lhe convocam sua mente fica onde você parou momentaneamente a leitura. Temos outro ganho fabuloso que é aprender um pouco mais sobre a cultura e as tradições japonesas antigas.

Em minha opinião muitas fazem mais sentido do que imaginamos, e criticar sem conhecer é sinal de arrogância e petulância e não de humildade e de afeto como o livro nos ensina...

Sabe que escrevendo me deu vontade de rever toda a bela história? Imagino que deve ter sentido um pingo de vontade em ler... Esta história nem que seja pra discutir e discordar de mim...

Estou abeta a ouvir outras opiniões, afinal este é um autor que causa polêmica mesmo!